Lesões no Esporte
Lesões musculares
Correspondem às lesões mais comuns na prática esportiva, totalizando, em média, de 15 a 55% de todas as lesões.
É mais comum em músculos biarticulares, ou seja, que cruzam duas articulações, como por exemplo o quadríceps, que atua no quadril e no joelho. Mais comum também nos músculos com fibra tipo 2, que são aqueles de contração rápida.
Estão relacionadas com doping, tabagismo e erros de treinamento.
Os músculos mais acometidos são o isquiotibial e o quadríceps.
Geralmente em atletas de velocidade, com destaque para os que praticam atletismo e futebol.
A lesão ocorre mais comumente na transição miotendínea.
Sintomas da lesão muscular
- Dor;
- Dificuldade funcional relativa ao grau de lesão;
- Inchaço;
- Hematoma palpável;
- Gap muscular.
Diagnóstico da lesão muscular
O diagnóstico é normalmente feito na consulta com o ortopedista.
Pode haver história de episódio inicial prévio de lesões antigas ou uma nova lesão. O fator de risco mais importante nesse tipo de lesão é uma lesão prévia.
Em casos de suspeita, pode-se pedir exames de imagem, como a ultrassonografia e/ou ressonância magnética.
O ultrassom possibilita quantificar a lesão dinamicamente.
A ressonância magnética caracteriza e classifica a gravidade da lesão, porém tem um custo mais elevado.
Classificação das lesões musculares
- Leve ou grau I: menos de 5% das fibras acometidas. Não há perda da função;
- Moderada ou grau II: 5 a 50% das fibras acometidas. Gap palpável;
- Grave ou grau III: mais de 50% das fibras acometidas. Perda funcional, reabilitação lenta, gap visível;
- Aguda: até 3 semanas;
- Crônica: mais que 3 semanas;
- Traumática ou não-traumática.
Tratamento das lesões musculares
O tratamento é não-cirúrgico em quase todas as lesões.
Na primeira semana após a lesão é indicado imobilização parcial para ajudar o músculo a formar um tecido cicatricial; gelo local por 20 minutos, diversas vezes ao dia; repouso; elevação do membro para evitar edema; analgesia e fisioterapia. Além disso, é necessário evitar alongamento neste período.
O tratamento da segunda à quarta semana é o seguinte:
- Manter a fisioterapia;
- Iniciar os exercícios isométricos e os alongamentos conforme a tolerância;
- Usar bicicleta com carga mínima.
O tratamento para o período da quinta semana até o retorno das atividades esportivas inclui:
- Fisioterapia;
- Evolução nos exercícios excêntricos, trotes e início da corrida;
- Início do treino específico do esporte de modo progressivo.
O tratamento cirúrgico consiste na sutura muscular e não há consenso sobre a melhor indicação e melhor localidade. Apenas quando há grande impotência funcional.
Retorno ao esporte após uma lesão muscular
A decisão sobre o tempo apropriado para voltar ao treinamento do esporte específico poderá estar baseada em duas medidas simples e baratas:
- A habilidade de alongar tanto o músculo lesionado quanto o músculo contralateral saudável;
- O uso da dor como parâmetro de melhora do músculo lesionado em movimentos básicos.
Complicações das lesões musculares
Ruptura: a época de maior chance de nova lesão se encontra por volta das 2 semanas após o trauma inicial. Isso ocorre pela maior fragilidade do tecido cicatricial.
Diminuição de força: por volta de 15% menor que o contralateral.
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Dr. Flávio Minami
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